Ele: Você pode conversar?
Ela: Claro, diga!
Ele: Sabe em que momento eu soube que você jamais seria minha?
Ela: Quando..?
Ele: Depois daquele dia em que eu tentei te beijar no elevador, eu pensei bem, e decidi não desistir de você. Na segunda feira da semana que se seguiu, eu fui até a sua escola falar contigo... Mas foi quando eu vi você e um rapaz... Quando ele chegou perto de você, você abriu um sorriso que iluminou o mundo... E foi só então que eu percebi que você nunca seria minha... Pois você pertencia à ele, e assim seria.
Ela: Como eu estava?
Ele: Feliz ... E sabe o que é estranho? Eu nunca soube o porquê.

- Fernanda...
- Diga querida.
- Você acha que eu ainda gosto dele?
- Lídia... Vocês quando se vêm, ainda seguram a mão do outro... Isso é prova mais do que suficiente. Ou você acha que eu não vi?

E foi ali, deitada naquela cama de um quartinho escuro, olhando dentro dos olhos dele, que ela se sentiu a mulher mais feliz da face da terra, sentiu que se o mundo acabasse naquele instante, morreria feliz, pois não havia outro lugar no mundo onde gostaria de estar.
Não sabia dizer a cor dos olhos dele, não sabia se eram negros, azuis ou castanhos, tudo o que sabia era que tinham um quê de sedução... que só a ela transparecia. Aprendera, com o tempo, que, não importava o que lhes acontecesse, que aquilo ali seria pra sempre, não sentiria a ausência dele, já que ele estaria sempre ali, dentro dela, com ela para todo o sempre, na sua linha da vida.